Vírus da imunodeficiência humana
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Vírus da imunodeficiência humana
Concepção artística do vírus da SIDA
Classificação científica
Grupo: Grupo VI (ssRNA-RT)
Família: Retroviridae
Género: Lentivirus
Espécies Vírus da imunodeficiência humana 1 Vírus da imunodeficiência humana 2 O vírus da imunodeficiência humana (VIH), também conhecido por HIV (sigla em inglês para human imunodeficiency vírus), é da família dos retrovírus e o responsável pela SIDA (AIDS). Esta designação contém pelo menos duas sub-categorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2. Entre o grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de -A a -J. Porém com o passar dos anos, surgiram novas subcategorias desse vírus, devido a pessoas portadoras se relacionarem com outras também portadoras deste vírus e ocasionar uma mistura genética entre seus tipos[carece de fontes?].
Já dentro do corpo, o vírus infecta principalmente uma importante célula do sistema imunológico, designada como linfócito T CD4+ (T4).
De uma forma geral, o HIV é um retrovírus que ataca o sistema de defesa humano causando a síndrome da imunodeficiência adquirida ou AIDS.
Transmissão
O vírus é mais frequentemente transmitido pelo contacto sexual (característica que faz da AIDS uma IST), pelo sangue e da mãe para o filho durante o parto ou, mais raramente, durante a gravidez.
Apesar de difícil, pode ocorrer pelo contacto directo com sangue, como por exemplo se esguichar nos seus olhos ou com a junção de dois sangues diferentes. Mas no caso do sangue, é mais comum com seringas trocadas entre usuários de drogas ou em reutilização em hospitais (por isto, lembre-se de sempre exigir que a embalagem da seringa deva de ser aberta na sua frente).
No contacto sexual, pode ser qualquer tipo de sexo, como oral,vaginal e anal ou até em casos mais raros como anilíngua, apesar de ser mais difícil de ocorrer (ainda sim, possível). A transmissão do HIV durante o contacto sexual pode ser facilitada por vários factores, incluindo (1) a penetração anal sem protecção, (2) presença concomitante de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente aquelas que levam ao aparecimento de feridas genitais, (3) lesões genitais durante a relação sexual e (4) quantidade mais elevada de vírus no sangue da pessoa infectada.
Em beijos é raro, pois o vírus não sobrevive a certas substâncias da saliva.
[editar] Sinais e sintomas
Assim que se adquire o HIV, o sistema imunológico reage na vã tentativa de eliminar o vírus, então, cerca de 15 a 60 dias após pode surgir um conjunto de sinais e sintomas semelhantes a um estado gripal forte, este estágio é conhecido como síndrome da soroconversão aguda. A infecção aguda pelo HIV é uma síndrome inespecífica, a qual é facilmente não percebida devido à sua semelhança com a infecção por outros agentes virais como amononucleose, gripe, até mesmo dengue ou muitas outras infecções virais. Febre, cansaço e erupção são os sintomas mais comuns, e muitos desenvolvem linfadenopatia (linfonodos inchados). Faringite, mialgia e muitos outros sintomas também ocorrem (Kahn & Walker, 1998). Em geral esta fase é auto-limitada e não há sequelas. Quando vamos a um médico este relata tratar-se de uma “virose”, que o único tratamento é repouso e sintomáticos – raramente há suspeita da contaminação pelo HIV, a não ser que o paciente relate história compatível como sexo receptivo desprotegido ou compartilhamento de seringas, por exemplo. Entretanto, nesta fase não há o que fazer – basta esperar que os sintomas passarão. Os pacientes poderão ficar assintomáticos por um longo período, variável entre 3 e 20 anos, alguns nunca desenvolverão doença relacionada ao HIV. Este fato relaciona-se com a quantidade e qualidade dos receptores de superfície dos linfócitos e outras células do sistema imune, tais receptores (os principais são o CD4, CCR5 e 0 CXCR4)funcionam como fechaduras que permitem a entrada do vírus no interior das células: quanto maior a quantidade e melhor afinidade dos receptores com o vírus maior será a penetração do vírus nas células, maior replicação viral e maior velocidade de progressão para doença. Estas características são determinadas por fatores genéticos e possivelmente envolvem também outros fatores, muitos ainda desconhecidos. Não obstante, os hábitos e a qualidade de vida são também importantes para velocidade de progressão da doença: tabagismo, etilismo, uso de drogas ilícitas, estresse emocional, alimentação irregular, sedentarismo, etc…são fatores determinantes para progressão desta enfermidade.
Foi criada então uma classificação não muito rígida: rápido progressor (adoecerá em 3 anos), médio progressor (adoecerá em 5 anos), longo progressor (10 anos) e não progressor (mais de 15 anos). A velocidade de progressão está relacionada com a queda da contagem de linfócitos T CD4 no sangue (a contagem normal dos linfócitos varia de 1.000 a 2.500 células/ml de sangue), e com a contagem da carga viral do HIV (a contagem da carga viral é considerada alta acima de 100.000 cópias/ml de sangue. O HIV vai destruindo os linfócitos gradativamente (em média a contagem declina 100 células/ml/ano), quanto menor a contagem, mais grave a doença e mais intensos os sintomas. Para fins de tratamento com as drogas anti-retrovirais consideram-se os seguintes parâmetros: abaixo de 200 células/ml: tratar todos; entre 200 e 350 células/ml: pode ser oferecido o tratamento; entre 350 e 500 células/ml: não tratar ou a critério médico. Todos os pacientes com doença relacionada ao HIV devem ser tratados.
Os sinais e sintomas das doenças relacionadas ao HIV são extremamente individuais: o que acontece a um paciente pode ou não acontecer com outro. Uma característica importante é a contagem de Linfócitos T CD4: quanto menor a contagem piores os sintomas da doença, pois tais sintomas estão relacionados com aguma doença causada por organismos oportunistas. Assim os sintomas associam-se aos germes oportunistas em questão: sinais e sintomas de tuberculose, neurotoxoplasmose, candidose, penumocistose, doenças neoplásicas como Sarcoma de Kaposi ou Linfoma. Os sintomas destas doenças são muito parecidos e somente um médico com experiência e em local com apoio laboratorial poderá fazer o diagnóstico e tratamento de cada uma delas. SEMPRE DEVEMOS PROCURAR UM MÉDICO. Não é possível predizer qual doença acometerá o paciente. Pessoas que desconhecem que estão com o vírus são as que mais adoecem e só assim descobrem que estão contaminadas. Quem descobre a contaminação antes de aparecer sintomas – e seguir todas as orientações dos médicos- jamais ficarão doentes, nunca apresentarão sinais e sintomas de doenças, viverão como qualquer pessoa, terão uma vida produtiva e normal, podendo até ter filhos
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