terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Máquina que gera energia do nada!

Desde sempre existem esses boatos de que alguém, em algum lugar do mundo, está pesquisando ou descobriu miraculosamente uma forma de extrair energia do nada.
Obviamente que um motor que funciona sem que seja alimentado energeticamente é um moto-contínuo, algo utópico, coisa que as pessoas vem tentando inventar desde os tempos anteriores ao Leonardo Da Vinci.
Eventualmente, alguns inventos ganham a atenção da mídia durante um curto período de tempo, para logo depois desaparecer de forma tão estranha quanto surgem.
Até hoje não teve ninguém que realmente tenha conseguido provar contundentemente que é possível quebrar a lei da termodinâmica. Mas no campo da geração espontânea de energia, muito dinheiro e esforços técnicos vem sendo empregados para obter uma fonte gratuita de geração energética. Não creio que seja preciso traçar ideias sobre o poder financeiro e interesses obscuros envolvidos na construção de um equipamento de energia de estado puro, né?
Mas há pesquisas bastante promissoras neste sentido. Uma delas é este estranho invento, no qual eu esbarrei acidentalmente hoje pela manhã.
Trata-se do gerador de fluxo EER. Parece coisa de ficção científica. E de fato talvez seja mesmo. O aparelho foi criado pelo Inventor, James B. Schwartz, das Filipinas.
O EER seria um dispositivo que, alegadamente, poderia produzir seis quilowatts de eletricidade, usando um arranjo de estado sólido produzido com os materiais alumínio e bismuto, entrelaçados com bobinas.
James Schwartz já ultrapassou o estágio teórico, construiu modelos funcionais do seu sistema e está atualmente em processo de testes para refinar o design.
A ideia de um gerador de fluxo capaz de gerar energia continuamente, 24 horas ao dia, sete dias na semana e 365 dias ao ano, sem depender de fontes externas, parece caô. Mas ela vem sendo pesquisada por muita gente ao longo de décadas e até mesmo o famoso inventor Nicola Tesla teria se dedicado aos primórdios do EER.
Segundo Schwartz, o invento está numa fase bastante promissora, mas serão necessários alguns meses de ajustes finos para que tudo opere a contento. Sua maior preocupação é que o sistema opere em um alto nível de segurança. Ele diz estar fazendo as coisas devagar, para evitar surpresas e poder efetivamente garantir o sucesso desta tecnologia.
Aqui nós temos um video em que o inventor demonstra a tecnologia operando e gerando 3 KW de energia. Para efeito demonstrativo, James Schwartz acende três refletores de 800watts.

Olha, eu não vou negar que não entendi LHUFAS do que o cara diz sobre o funcionamento da máquina. O aparelho me pareceu pequeno demais para gerar tamanha quantidade de energia, mas o vídeo é curioso, porque ele não apresenta partes móveis, nem ruído. Segundo o inventor neste modelo em escala são apenas 42 Kg, sendo das placas apenas 8kg. Ele foi desenhado para gerar 6000 watts, mas no vídeo estaria operando numa escala de segurança, com apenas 2400watts.
Então, eu comecei a pensar se isso aí não é mais um daqueles montes de hoaxes da internet. Quem me garante que não tem uma puta duma bateria oculta naquela caixa?
Mas então me deparei com um fórum onde uns caras discutem sobre o equipamento, e todo mundo parece levar a coisa à sério (o que obviamente, não significa que realmente dê certo).
Neste video, Schwartz explica o equipamento que cabe numa pequena maletinha:

Aqui temos o cara mostrando o circuito que é capaz de manter uma lâmpada acesa ininterruptamente na maletinha:
O assunto me deixou cada vez mais intrigado e eu continuei a pesquisar. Logo, me deparei com algo bastante curioso:
Em 1968 um teórico russo chamado VG Veselago,  previu que os novos materiais poderiam ser projetados para interagir magneticamente com o nosso ambiente de formas que seriam exatamente opostas as de como os materiais naturais reagem.
Em 2000, pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD) confirmaram que Veselago estava certo em suas previsões teóricas, criando o que é conhecido como a primeira “mão esquerda” de um material.
Ocorre que acreditava-se até então, que na natureza, todos os materiais obedeceriam a “regra da mão direita”. Nesta regra, os dedos da mão direita representam as ondas do campo elétrico, e quando você enrolar os dedos ao redor da base da mão, o que representa o campo magnético, o polegar estendido indica a direção do fluxo de energia.
Neste caso,  uma equipe especial da UCSD desenvolveu um material que fazia com que os campos magnéticos se movessem para a esquerda, embora a energia eletromagnética fosse deslocada para a direita. As ondas de luz produzidas com esse material também geraram uma inversão do efeito Doppler. Atualmente, grupos de pesquisa do MIT e da Universidade de Delaware também estão explorando metamateriais com “efeito canhoto”.
Segundo o inventor afirmou, ele não pretende liberar os desenhos tecnicos que levariam a grupos privados e pesquisadores de garagem a construir replicas e comprovar seu experimento por razões comerciais.
Eu terminei um simples conjunto de plantas para a minha primeira usina de 160.000 watts. Mas não quero liberar as plantas porque poderão cair em mãos erradas.
Quando se refere a construção de uma usina de fluxo EER, ele é direto:
Nós ainda precisamos construir o primeiro protótipo em tamanho natural, e testá-lo durante um período de tempo para ter certeza que é seguro e corrigir os erros que podemos encontrar. O modelo em escala funcionou muito bem, mas não sabemos como o maior irá funcionar até que seja construído e testado.  Esta estação baseada em um gerador de fluxo ERR  seria  projetada para alimentar uma casa grande. O sistema seria escalonável, sendo possível a adição de mais fluxos de potência, na ordem de 10.000 watts ou mais, caso precise de mais potência. O sistema  poderia até mesmo ser construído em escala grande o suficiente para uma fábrica ou uma comunidade inteira de casas.
Parece loucura pensar numa caixa produzindo energia grátis para alimentar sua casa, né?
Em julho de 2002, este folheto abaixo circulou no Japão.



Nele, um pequeno gerador de fluxo EER estava sendo fabricado e vendido para alimentar residências. Ele produzia de 300 a 250 watts. Ao que parece, havia cerca de 20.000 unidades já fabricadas. Adivinha só quem estava por trás deste negócio? Ele mesmo, James B. Schwartz!
Mas antes deles chegarem ao mercado, o governo japonês emitiu uma ordem de paralisar a fabricação e impedir a venda alegando alguns supostos “interesses de segurança”. O Governo japonês então confiscou todas as unidades.
As unidades de 300W/250W seria vendida por 150.000 ienes. Isso daria algo em torno de U$ 1200 o que não parece nada caro para algo que gere energia 24/7. Já a versão mais parruda, de 900 watts saia por U$ 3600.
Estas unidades incluíam um inversor, tomadas de corrente alternada, e chave  seletora de 50/60 Hz, além de um reator de estabilização.
Schwartz então, mudou-se para as Filipinas. Agora ele estaria planejando abrir uma fábrica nos Estados Unidos – no estado do Arizona. Devido ao grande desastre no Japão, seus planos com o invento foram modificados.  Ao invés da produção em massa e venda a varejo, ele está trabalhando agora em um gerador de energia de grande escala capaz de bem mais de 100kW. Ao que parece, ele foi na contra-mão da tecnologia dos computadores, que saiu dos main frames para pcs pessoais cada vez mais leve se menores. Tudo indica que o cara pensa em fazer um maquinão gigante para vender para usinas.
Se não for conversa fiada, se der certo, ele ficará muito rico. Schwartz sorri animado com seus inventos e as perspectivas futuras quanto ao futuro da energia de geração espontânea:
“Eu realmente gostaria de poder compartilhar 100% de tudo o que sei agora, mas eu tenho obrigações contratuais que me proíbem de divulgar. Gostaria, pelo menos, de fazer os outros pensar em como a energia se move dentro dos materiais e como isso afeta a forma como obtemos energia a partir desses materiais. [...] Lembre-se que a luz é radiação eletromagnética.
Para falar com ele:
Dr. James B. Schwartz
email: narf1933@yahoo.com
Então, é isso. Eu acho que no decorrer de 2011,m teremos alguma novidade desse tipo de pesquisa. Fiquei impressionado com a quantidade de material que existe falando do troço, que eu nem sabia que existia até hoje pela manhã. Será que funciona mesmo? Será só mais um truque? Não me cabe julgar. Cada cabeça, uma sentença.Como os metamateriais são uma realidade, eu não duvido que seria possível usá-los para gerar energia espontânea, mas eu não sou especialista. Eu sou leigo nessa joça. Mas seria SENSACIONAL ter algo assim integrado ao meu PC que nunca mais teria que ser desligado.
Vou ficar com as antenas ligadas para ver o que virá a seguir.

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